Sunday, January 13, 2008

Permanente Dormência

Quero encontrar-me em um estado permanente de dormência.

Anestesiado de um mundo

que com luzes brilhantes

nos condiciona à solidão.


A cidade absorve-me,

transformando sentimentos em neblina

e refletindo no horizonte a desilusão

da multidão gélida que nos cerca.


Os prédios tornam-se infinitos,

ressaltando a insignificância que representamos

em meio a tanto concreto.


Aprisionam-se os sentimentos,

entre luzes e sombras.

E aos poucos morrem,

até tornarem-se somente corpos

em meio a escombros de uma vida.


(08/01/2008)