Quero encontrar-me em um estado permanente de dormência.
Anestesiado de um mundo
que com luzes brilhantes
nos condiciona à solidão.
A cidade absorve-me,
transformando sentimentos em neblina
e refletindo no horizonte a desilusão
da multidão gélida que nos cerca.
Os prédios tornam-se infinitos,
ressaltando a insignificância que representamos
em meio a tanto concreto.
Aprisionam-se os sentimentos,
entre luzes e sombras.
E aos poucos morrem,
até tornarem-se somente corpos
em meio a escombros de uma vida.
(08/01/2008)